ÉTUDES PHILOSOPHIQUES SPIRITES
Claude Monet
"CHAQUE PHASE DE L´ÉVOLUTION HUMAINE S'ACHÈVE PAR UNE SYNTHÈSE CONCEPTUELLE DES TOUTES SES RÉALISATIONS" (LÉON DENIS / J.H. PIRES).
"CHAQUE PHASE DE L´ÉVOLUTION HUMAINE S'ACHÈVE PAR UNE SYNTHÈSE CONCEPTUELLE DES TOUTES SES RÉALISATIONS" (LÉON DENIS / J.H. PIRES).
Base structurelle du projet « ÉTUDES PHILOSOPHIQUES SPIRITES » (EFE-Conception, 2001) : SEE BELOW
terça-feira, 29 de março de 2011
Foyer école
On entend souvent les adolescents se plaindre de leurs pa-rents : ils trouvent que la famille de leurs amis, leurs parents et leurs frères sont bien mieux… Certains se sentent comme des étrangers chez eux, ils se plaignent des exigences qu'on leur impose, ils restent le plus longtemps possible hors du cercle familial. Éduquer un fils ou une fille de nos jours n'est pas toujours aussi facile qu'on le pense. De plus, la technologie a créé des formes virtuelles de « dialogue » dans lesquelles l'échange d'idées, l'affectivité, la spontanéité, les relations humaines diminuent et vont même jusqu'à restreindre les facteurs constructeurs du mûrissement de la personnalité. Et puis, les liens familiaux ne s'établissent pas toujours entre Esprits qui ont des affinités.
Il est certain que dans ce cas, les liens erronés établis lors d'exis-tences passées ont engendré des situations qui ne sont pas toujours agréables. Souvent des ennemis se retrouvent face à face. La méfiance et l'antipathie prédominent alors dans la relation. L'exemple du Maître Jésus qui ne trouva aucune compréhension parmi ses propres frères l'illustre bien. Jésus établit alors un paramètre: l'être humain ne trouvera pas toujours dans ce plan d'évolution des coeurs prêts à recevoir ses aspirations et ses attentes. Mais la règle fonda-mentale fut établie par le Maître lui-même: quiconque fera la volonté de mon Père qui est dans les cieux, celui-là est mon frère, et ma soeur, et ma mère. Et quelle est « la volonté du Père » ? S'ensuivent alors dans tout son Évangile d'amour, les règles élémentaires pour éduquer l'Esprit, dont le parcours ne commence pas dans ce foyer, mais qui, il y a très longtemps, a longuement cheminé pour conquérir les valeurs et les vertus nécessaires pour sa crois-sance morale.
Publ. au Journal d´études psychologiques - Année IV l N° 15 l mars et avril 2011.
Sonia Theodoro da Silva est l’auteure du Projet d’Études Philosophiques Spirites. Elle est une collaboratrice du centre spirite Casas André Luiz et vit à São Paulo, au Brésil.
(Trad. Sophie Giusti)
terça-feira, 15 de março de 2011
TRISTES EVENTOS
Ao meditarmos sobre os atuais e tristes eventos, poderiamos ser levados a pensar nas causas reais para tantas dores coletivas. Porém, a Filosofia Espírita, farol que ilumina os nossos pensamentos, nos conduz a refletir, não em causas reais, mas na maneira como poderíamos minimizar as dores alheias; jamais buscar o porquê das tragédias - referimo-nos às causas espirituais -, pois elas exporiam os nossos irmãos ao nosso julgamento, como a justificá-las diante de todos: isto seria o mesmo que buscar respostas na Lei de Talião.
Já ultrapassamos esta forma arcaica de pensar - sabemos que existem causas que geram efeitos - mas sabemos também que a misericórdia de Deus manifesta-se de formas que escapam à nossa compreensão - e aceitação.
Dissemos em minimizar as dores alheias... mas como ? Compartilhando, através de orações, de vibrações direcionadas aos locais onde o sofrimento se apresente, no Brasil ou em qualquer parte do mundo. Mas também buscando formas de auxiliar - estas, dentro das possibilidades e alcance de cada um.
Desta forma, estaremos todos unidos a eles, irmãos próximos ou distantes, mas sempre presentes em nossa lembrança e em nossos corações.
terça-feira, 8 de março de 2011
CARNIVAL OR MOZART? (Please use the Translator)
Um dia conversávamos com um Maestro e com uma Pianista. E a nossa conversa girava em torno de, claro, música. Foi quando o Maestro, desviando o assunto, exclamou: Mas, e o carnaval? Onde fica a cultura nesses dias onde tudo é permitido? Quando as mulheres esquecem o pudor e os homens, ah, estes nem se fala!..
O prezado leitor já deve ter percebido que o querido Maestro pertencia à geração dos antigos. Prosseguiu ele: Eu me lembro de quando era criança, apreciava as brincadeiras, os carros que saíam às ruas em desfile. Meu tio-avô era um dos aficionados da festa de Momo. Ele reunia seus amigos, e todos saíam em seus automóveis, portando máscaras e lança-perfumes - a máscara, para que ninguém os reconhecesse e o lança-perfumes, para que, embriagados no doce aroma, pudessem permitir-se ao divertimento, sem qualquer constrangimento.
E assim era durante os quatro dias. Na quarta-feira - ah,a contradição -, iam todos em fila à Catedral da Sé, vestirem-se de cinzas, pedirem perdão dos excessos cometidos, das homéricas bebedeiras, dos beijos roubados, das palavras mal-ditas, das noites boêmias mal-dormidas. Ah, a consciência !
Ao que a Pianista acrescentou - e as músicas, então? Simples jogos de palavras soltas, sem qualquer pretensão de aculturamento, mas, ao contrário, desprestigiando a cultura brasileira. Veja só Noel Rosa! Veja Pixinguinha! O que Villa-Lobos diria?
E eu, ouvia e meditava. Será que eles tinham ouvido falar de Tom Jobim? De Ari Barroso e do "Aquarela do Brasil"? De Chico Buarque e de suas músicas contra a Revolução de 64, que trouxe a ditadura ao Brasil? De Toquinho e Vinícius? Foi quando deu entrada à sala, o Escritor: Bem, querido Maestro e prezada Pianista, onde fica Lobato nesta história? Sem falar dos universais Castro Alves, Alencar, Victor Hugo, Alexandre Dumas, e Charles Dickens? E Shakespeare? E o nosso Machado? Falando em Universais, disse o Maestro, falemos de Mozart! E bateu palmas, feliz.
Quando ele disse - Mozart - meu coração quedou-se, como num staccato de uma grande sinfonia. E num momento atemporal, onde não existe espaço, nem dimensões como as conhecemos, mas um grande Silêncio, ali, à minha frente, num maravilhoso foco resplandecente de cores e luzes, surgiram como num mosaico em movimento, todos os grandes compositores, pensadores, instrumentistas e virtuoses, poetas, pintores, escultores, educadores, estetas, num portentoso concerto em homenagem à ela, a Arte. E seja por inspiração do grande compositor, ou porque o momento era propício, a sala transformou-se, feéricamente iluminada por lustres invisíveis como de cristal, aumentando suas dimensões, atingindo as esferas celestes, transfigurando os nossos personagens, mudando o teor e o colorido das conversações.
E o Escritor, inspirado, disse: O objetivo essencial da arte, é a busca e a realização da beleza; é, ao mesmo tempo, a busca de Deus, uma vez que Deus é a fonte primeira e a realização perfeita da beleza física e moral.
Ao que o Maestro retrucou: Mas quanto mais a inteligência se purifica, se aperfeiçoa e se eleva, mais se impregna da idéia do belo!
Disse a Pianista: Sim, o objetivo essencial da evolução será, portanto, a busca e a conquista da beleza (em sua essência, sem atavismos e aparências), a fim de realizá-la no ser e em suas obras. Tal é a regra da alma em sua ascensão infinita.
Na Terra, completou o Escritor, nem todos os artistas inspiram-se nesse ideal superior. A maior parte limita-se a imitar o que chamam "a natureza", sem se aperceberem de que esta não é senão um dos aspectos da obra divina. Porém, no espaço, continuou a Pianista, a arte se reveste, ao mesmo tempo, das mais sutis e mais grandiosas formas, e ilumina-se com um reflexo divino.
E o Maestro: meus caros, nada se iguala à Música. Vejam uma “Meditação de Thaís” de Jules Massenet! Quanta grandiosidade, quanta leveza!
E eu, pobre mortal, pensei, mas, e Mozart, e o carnaval?
Continuou o Maestro, lembramos aqui que todo espírito que emana de Deus não apenas possui uma centelha da inteligência divina, como, ainda, goza de uma parcela do poder criador, poder que ele é chamado a manifestar cada vez mais no decorrer de sua evolução, tanto em suas encarnações planetárias quanto na vida no espaço.
Na Terra, sob o véu da carne, essa inteligência e esse poder ficam diminuídos; e contudo é maravilhoso constatar até que ponto o talento do homem pôde subjugar as forças brutais da matéria, vencer a sua resistência, sua hostilidade, submetê-las a suas necessidades e até mesmo a suas fantasias!
Tornei a pensar, neste caso, Beethoven, Brahms, Bach, Carlos Gomes e outros, seriam exemplos disto?
Certamente, respondeu o Escritor. Mas eu apenas pensei! E ele respondeu-me!
Sim, querida menina, o pensamento cria formas, sons, em um grau mais elevado, por exemplo nas materializações de espíritos, a vontade destes cria formas, rostos, vestimentas, atributos semelhantes aos que eles possuíam na Terra e que nos permitem reconhecê-los, identificá-los. A vontade lhes dá a consistência necessária para tocar os sentidos dos observadores. Os Espíritos de Mozart (até que enfim, pensei novamente), de Victorien Sardou e outros erigiram para si palácios ornados de plantas e de flores.
Prosseguiu o Maestro, inspirado pela citação do nome de Mozart: O papel essencial da arte é expressar a vida com todo o seu poder, sua graça e sua beleza. A arte se eleva e progride em todos os graus da escala da vida realizando formas cada vez mais nobres e perfeitas, que se aproximam da fonte divina de eterna beleza.
E qual não foi o meu espanto, quando deu entrada à sala, nada mais nada menos que o Filósofo, que, aproximando-se, sorridente, exclamou: A música é uma lei moral. Dá alma ao universo, asas ao pensamento, saída à imaginação, encanto à tristeza, alegria e vida a todas as coisas. Ela é a essência da ordem e eleva em direção a tudo o que é bom, justo e belo, e do qual ela é a forma invisível, mas, no entanto, deslumbrante, apaixonada, eterna.
Prosseguiu nosso Filósofo: O infinito das idéias, dos quadros, das imagens, é como um desafio aos limitados recursos do vocabulário terrestre. Com efeito, como encerrar em palavras, como resumir em palavras todo o esplendor das obras que se desenvolvem nas profundezas dos céus estrelados?
E voltou os olhos ao Educador (que, esqueci-me de citar, quedara em silêncio todo esse tempo). Ao contrário do que se imagina, começou a dizer, todos podemos acessar o Belo, pois ele é lei soberana, objetivo supremo do universo. Todos os problemas do ser e do destino resumem-se em poucas palavras. Cada vida deve ser a construção, a realização do belo, o cumprimento da lei.
Neste instante, todos (eu inclusive), silenciamos a palavra e o pensamento. Não mais nos preocupávamos com as manifestações próximas do Carnaval que, se no passado trazia a imagem de uma alegria fortuita e permitida (não seria permissiva?), hoje, enlouquecia os espíritos, na afanosa tarefa de os fazer voltar as manifestações instintivas de satisfações efêmeras, desequilibrantes, minimizando, senão anulando as capacidades evolutivas em ascensão.
Lembrei-me de Emmanuel: Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças das trevas nos corações e às vezes toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
A triste festa iria começar em breve. Resquícios de costumes perdidos na Antiguidade de nossa cultura ocidental, pensei, que alegria é esta que se manifesta e exige bebidas, gritos, fantasias, carros alegóricos e desregramentos para se manifestar? E o mais grave: Por quê, se estamos num mundo grande parte cristão? Mas, de pronto, lembrei-me das palavras da personagem Magda, do livro Madalena, A Conversão do Mundo: é o fermento levedando a farinha. Lembremos a parábola de Jesus. Uma medida de fermento faz levedar a massa de farinha, mas para isso tem de misturar-se com ela. O processo de fermentação é lento e apresenta várias fases. O Evangelho está no mundo e vem levedando a sua massa há quase dois mil anos. A massa cresce, mas nova farinha lhe é adicionada a cada geração. A farinha do mundo está num saco invisível, e esse saco tem as dimensões do infinito. E esse pouco mais é o acréscimo da dimensão cristã à consciência humana. O Evangelho é esse acréscimo, uma pequena medida de fermento a levedar a massa do mundo. Nosso conhecimento possível é também uma medida de fermento e precisamos cuidar que ela não se perca, não se deteriore.
Voltei os olhos ao Maestro, à Pianista, ao Escritor, ao Filósofo, ao Educador. Ainda teríamos um bom tempo antes que a humanidade em nós cedesse lugar à Espiritualidade - mas, nesse ínterim, teríamos que passar por uma extensa trajetória de aprendizado e conscientização. Lembrei-me ainda das equipes espirituais no trabalho constante de aprimoramento da ética e da moral, através de seus dignos representantes na Terra e no Espaço. Com Sócrates, a estimular o Ser à busca de si mesmo, no auto-questionamento, na perquirição filosófica constante. E a partir dele, seguiram-se na linha do tempo as figuras dos Grandes Imortais em todos os ramos da Cultura, da Arte, das Ciências Exatas, da Filosofia, da Educação, das Religiões. Foi quando todos eles me disseram: O espírito humano não pode se elevar até as supremas alturas da Arte cuja fonte é Deus, mas ele pode, ao menos elevar a elas as suas aspirações.
E como transformar as nossas aspirações em anseios de ascensão? Ou seja, qual o caminho a seguir para alcançar uma visão de vida menos materialista, menos embrutecida, menos niilista, menos imediatista, menos omissa?
E eles, sorrindo diante de minhas dúvidas, disseram: Toda ascensão da vida à perfeição eterna, todo esplendor das leis universais, resumem-se em três palavras: Beleza, Sabedoria, e Amor. E acrescentou o Filósofo: Quando nós, seres humanos, encontrarmos dentro de nós mesmos e no outro a projeção Divina do Bem e do Belo, saberemos exteriorizar de forma mais adequada a nossa bagagem interna. Até lá, lutaremos pelo entendimento, pela compreensão; em suma, pelo próprio livre-arbítrio, em seu verdadeiro sentido de condutor e libertador da nossa própria ignorância, o que nos torna, por ora, diante da Existência, ovelhas perdidas e desgarradas do aprisco do Pai, nesta belíssima metáfora de Jesus, que nos tornou parte da Criação Universal sob a Sua Égide. Então, veremos uma nova Renascença na Terra, desta feita, como resposta aos anseios de Espiritualidade dos Seres Humanos, erguidos à sua verdadeira Humanidade.
Silenciei, pois não havia mais nada a dizer.
(Diálogo virtual, com excertos das palavras de Léon Denis na obra O Espiritismo na Arte); Bibliografia: Madalena, A conversão do mundo, de José Herculano Pires.
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